Projeto de residência artística com oficinas e criação de vídeos sobre Rio de Contas

Premiado no edital Prêmio Interações Estéticas, Residências artísticas em Pontos de Cultura 2010 da Funarte, o projeto Rio de Contas Imaginária conta com oficinas teóricas e práticas de vídeo além da realização de trabalhos artísticos entre a proponente Gláucia Soares e o grupo de jovens do programa Agente Escola Viva (Colégio Carlos Souto) do Ponto de Cultura Ciranda de Bonecos em Rio de Contas.


quinta-feira, 9 de junho de 2011

2º encontro -Oficina: os primórdios do cinema. Os primeiros experimentos e invenções científicas que vão culminar nas primeiras exibições públicas de cinema. Lumiére, Edison, Porter, ... Dos espetáculos de vaudeville aos nickelodeons.


Imagem produzida por um Calotype:







          Daguerrotype: 
                                        Película cinematográfica de 35mm:                                                       


Hoje conversamos um pouco sobre como ocorre o processo físico-químico de impressão da imagem na película cinematográfica e logo depois fomos até o final do século XIX para relembrar um pouco do contexto científico e industrial da época que propiciaram as primeiras exibições públicas de cinema. 
A produção dos primórdios do cinema era ainda bastante marcada por uma certa despreocupação em contar histórias. Eram produzidos filmetes curtos que intercalavam as apresentações nos espetáculos de variedades. Mais tarde, com o desejo de selecionar mais o público,   aparecem os nickelodeons (salas de exibição exclusivas de filmes).


No final do século XIX, época marcada pela exaltação dos progressos técnicos, sucessivos aparelhos de captação e reprodução de imagens em movimento foram apresentados, ao lado de outras invenções elétricas e mecânicas, nas exposições universais, feiras industriais e salões de novidades. Estas máquinas eram lançadas no mercado como uma atração em si mesmas: não eram anunciados os títulos dos programas exibidos mas o próprio quinetoscópio ou cinematógrafo. A curiosidade do público pela novidade técnica durava um breve período. A partir daí, a afirmação desses dispositivos no campo do entretenimento dependia de uma permanente renovação dos programas de filmes.
  O cinema desses primeiros anos era profundamente dependente de outras formas culturais, como o teatro popular, a imprensa, as histórias em quadrinhos e as palestras com lanterna mágica. Daí se originava a fonte de inspiração para os conteúdos , mas também para o próprio modo de representação, que precisava ser compatível com filmes constituídos de um único plano com duração inferior a um minuto. Atos de malabarismo, exibições de alterofilistas, danças e lutas eram ações mecânicas que não chegavam a demandar uma interpretação. Já no caso das cenas cômicas ou dramáticas, era necessário que se limitassem a uma atuação curta em forma de pantomima, em que o exagero dos gestos compensava a falta dos meios narrativos.
(Silvio Da-Rin, Espelho Partido, Págs 29 e 30)

Era o “cinema de atrações” segundo Tom Gunning que não chega a narrar mas mostra situações excitantes. Enquadramentos frontais onde os atores se referem diretamente ao público. Atrações ou atualidades onde se encontram tb os registros de viagem, reconstituições de guerra, ou de crimes sensacionais além de lutas de boxe e registros de acidentes.
Eram muitas vezes vendidos separadamente ao exibidor ou ainda, a ele cabia muitas vezes o papel de “montador” dos materiais para a exibição pública.
            
LINKS

First Motion Picture Horse 1878  (http://www.youtube.com/watch?v=UrRUDS1xbNs)

Edison Kinetoscope films 1894-1986 (http://www.youtube.com/watch?v=mIkLok-BYIk)

Coney Island Water Chutes 1896-1903 (http://www.youtube.com/watch?v=A49sOUfk_oE )

L.Lumiere NewYork, Brodway at Union Square,1896 (http://www.youtube.com/watch?v=3y9PEIgTA7E)

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